Pr Jose Simonette

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O PARTIR DO PÃO

O PARTIR DO PÃO

Por: Thomas W Fife

“Os que aceitaram a sua mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas. Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações” (Atos 2.41-42 NVI).

1. O PONTO CENTRAL DO CULTO

Desde o início de sua existência, a Igreja, ao cultuar o Senhor Jesus Cristo, valorizou todos os meios pelos quais ela pudesse realizar a presença do Senhor vivo. O momento mais querido dentro da vida e comunhão dela era aquele momento quando foi garantida a presença do Salvador vivo. Tal momento a Igreja primitiva realizava na Festa do Pão e do Vinho. De todos os lados, os estudiosos mais respeitados reconhecem esta verdade.

A INTERNATIONAL STANDARD BIBLE ENCYCLOPEDIA (III, 166), padrão de evangélicos conservadores, diz que: "A Ceia do Senhor era o ponto central na vida e culto da Igreja primitiva."

O conceituado estudioso mais liberal, Oscar Cullman (EARLY CHRISTIAN WORSHIP, 29) afirma que: "A Ceia do Senhor é, portanto, a base e o alvo de cada reunião."

2. A ORIGEM DA FESTA DE MEMÓRIA

“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e deu aos seus discípulos, dizendo: ‘Tomem e comam; isto é o meu corpo’. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: ‘Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da nova aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados’” (Mateus 26.26-28 NVI).

A Festa do Pão e do Vinho teve sua origem no cenáculo em Jerusalém onde Jesus reuniu-se com seus discípulos para comer a Páscoa.

No primeiro dia da festa dos pães sem fermento, quando se costumava sacrificar o cordeiro pascal, os discípulos de Jesus lhe perguntaram: ‘Aonde queres que vamos e te preparemos a refeição da Páscoa?’ Então ele enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: ‘Entrem na cidade, e um homem carregando um pote de água virá ao encontro de vocês. Sigam-no e digam ao dono da casa em que ele entrar: ‘O Mestre pergunta: Onde é o meu salão de hóspedes, no qual poderei comer a Páscoa com meus discípulos?’ Ele lhes mostrará uma ampla sala no andar superior, mobiliada e pronta. Façam ali os preparativos para nós’. Os discípulos se retiraram, entraram na cidade e encontraram tudo como Jesus lhes havia dito. E prepararam a Páscoa. Ao anoitecer, Jesus chegou com os Doze” (Marcos 14.12-17 NVI).

3. A RELAÇÃO ENTRE "O PARTIR DO PÃO" E A PÁSCOA

A Festa do Pão e do Vinho foi, portanto, desde o início, percebido em relação à Festa da Páscoa. Veja a exortação de Paulo: Livrem-se do fermento velho, para que sejam massa nova sem fermento, como realmente são. Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado” (1 Coríntios 5.7 NVI). “Mas pelo precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro sem mancha e sem defeito”. Acrescenta Pedro (1 Pedro 1.19 NVI).

A Israel fora ordenado comer do cordeiro e dos pães asmos (veja Êxodo 12.1-28; Números 9.1-14) para comemorar sua libertação da escravidão no Egito. Do mesmo modo, foi ordenado à Igreja de Cristo compartilhar na comunhão em que o pão e o vinho comemoram sua libertação da escravidão do pecado e da morte.

4. O SIGNIFICADO DA FESTA

Reunidos à mesa com Jesus, os discípulos ainda não perceberam o significado que ele estava dando àquela Festa. Eles comeram do pão e beberam do cálice, sem saber que aquilo era o início de uma prática que iria embelezar a Igreja por todas as gerações. Como Paulo escreveu poucas décadas depois: “‘Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isso, sempre que o beberem, em memória de mim’” (1 Coríntios 11.23-25 NVI).

5. A PRESENÇA DE CRISTO

Foi somente depois de seu encontro com o Cristo ressurreto e vivo que os discípulos perceberam que "o partir do pão" seria a maneira escolhida não apenas para lembrar de sua morte, por meio do pão e do vinho, mas também para celebrar sua ressurreição, por meio da presença dele. Os dois que encontraram com Cristo no caminho de Emaús testemunharam que: Quando estava à mesa com eles, tomou o pão, deu graças, partiu-o e o deu a eles. Então os olhos deles foram abertos e o reconheceram, e ele desapareceu da vista deles. Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como Jesus fora reconhecido por eles quando partia o pão” (Lucas 24.30-31, 35 NVI).

A assembléia solene no cenáculo, portanto, aonde Jesus usara os elementos comuns de uma ceia para proclamar sua morte, transformou-se em uma Festa do Pão e do Vinho na qual seus discípulos podiam celebrar sua presença enquanto lembraram de sua morte. Conseqüentemente, à memória de Jesus foi acrescentada uma refeição de confraternização que continuamente renovava a comunhão deles com ele.

Não devemos pensar que participamos do pão e do vinho apenas para lembrar de um Jesus histórico. Se não reconhecermos a presença do Cristo vivo, a servir-nos na mesa dele, e que estamos presentes a convite dele, estamos lá sozinhos, como hóspedes de um anfitrião ausente.

6. O DESEJO DE CRISTO

Na hora da primeira Ceia do Senhor, ele expressou intensamente o desejo de seu coração: Quando chegou a hora, Jesus e os seus apóstolos reclinaram-se à mesa. E lhes disse: ‘Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer’” (Lucas 22.14-15 NVI).

Portanto, o que nós devemos desejar, e pôr em prática, em contrapartida ao desejo de Cristo de cear conosco?

a. Gratidão

Jesus instituiu esta Festa, "tendo dado graças" (Lucas 22.17; 1 Coríntios 11.24). Nós devemos continuar a dar graças por ele e por tão grande salvação.

b. Confissão

Ao participarmos, confessamos que somos pecadores, e que precisamos do sacrifício do corpo e do sangue apresentados no pão e no vinho para sermos perdoados.

c. Perdão

Sentimos a necessidade de perdão e na mesma hora aceitamos o mesmo oferecido pela graça e misericórdia de Deus no Cristo que padeceu.

d. Compromisso

Ao lembrarmos do sacrifício de Cristo por nós, sentimos a chamada dele a oferecer nossas vidas por ele em serviço fiel até a morte.

"EM MEMÓRIA DE MIM"

“… ‘Isto é o meu corpo, que é dado em favor de vocês; façam isto em memória de mim’. ‘… Este cálice é a nova aliança no meu sangue; façam isso, sempre que o beberem, em memória de mim’” (1 Coríntios 11.24-25 NVI)

Certamente, há muitas maneiras de lembrar de Jesus, mas a verdade é que há um único meio em que ele pediu para ser lembrado. Ao lembrá-lo, então, por que não fazê-lo da maneira que ele escolheu? Falhar nisso é desobediência, e também priva-nos de uma bênção especial. Priva-nos de uma refeição de confraternização na qual ele promete estar presente tanto como Anfitrião quanto como Alimento. É ele que põe a mesa com pão e vinho, porém na mesma hora ele está graciosamente presente. Ele está presente, não somente para que nos possamos lembrar dele, mas também para que possamos comer e beber juntos com ele.

Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo” (Apocalipse 3.20 NVI).

7. "ANUNCIAM A MORTE DO SENHOR"

“Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, anunciam a morte do Senhor …” (1 Coríntios 11.26 NVI).

Mais que uma ocasião para memória, a Festa do Pão e do Vinho também é um meio pelo qual o povo de Cristo, como um corpo e como muitos indivíduos, faz continuamente uma proclamação. O que se proclama é a convicção inabalável de que o milagre dominante do amor e da graça de Deus se fez por nós em uma cruz. Se não acreditarmos neste Acontecimento vicário (em que Cristo morreu em nosso lugar) não há motivo de nos reunirmos para compartilharmos a celebração desta Festa. Além do mais, sem essa convicção não há motivo para comunhão, pois a única razão da existência desta comunidade é a realidade do Acontecimento salientado pela presença do pão e do vinho. Somente porque cremos que Jesus morreu por nós, é que sentimos obrigados a comprometer-nos neste ato de memória. E este compromisso torna-se nossa proclamação, pois pelo ato de participarmos, como Igreja, na Festa do Pão e do Vinho, anunciamos que vive o mesmo Cristo que morreu por nós.

8. "ATÉ QUE ELE VENHA"

“Porque, sempre que comerem deste pão e beberem deste cálice, anunciam a morte do Senhor até que ele venha” (1 Coríntios 11.26 NVI).

Tendo recebido suas instruções "do Senhor" (1 Coríntios 11.23), Paulo proclama que a Festa do Pão e do Vinho é para ser observada até que Cristo venha. Conseqüentemente, temos que participar, levando em conta a certeza de sua volta (veja Mateus 24.30; Marcos 13.26; João 14.1-3; Atos 1.9-11; Apocalipse 19.6-9), quando seremos convidados para o banquete do casamento do Cordeiro” (Apocalipse 19.9 NVI). É nesta mesma esperança que cumprimos no presente o compromisso divino, aguardando a consumação culminante de todas as coisas quando:

Guerrearão contra o Cordeiro, mas o Cordeiro os vencerá, pois é Senhor dos senhores e Rei dos reis; e vencerão com ele os seus chamados, escolhidos e fiéis” (Apocalipse 17.14 NVI).

9. A COMUNHÃO NO SANGUE E NO CORPO DE CRISTO

“Não é verdade que o cálice da bênção que abençoamos é uma participação no sangue de Cristo, e que o pão que partimos é uma participação no corpo de Cristo? Como há somente um único pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participamos de um único pão” (1 Coríntios 10.16-17 NVI).

Ao ser lembrado e proclamado dentro da vida da Igreja, o Cristo vivo está presente. “Pois onde se reunirem dois ou três em meu nome, ali eu estou no meio deles” (Mateus 18.20 NVI). E ele se fez "reconhecido por eles quando partir do pão" (Lucas 24.35).

Ao instituir a Ceia do Senhor, Jesus escolhe cuidadosamente suas palavras para salientar a realidade de sua presença, e também a possibilidade--sim, a realidade--de nossa comunhão com ele na mesma Ceia.

“Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e deu aos seus discípulos, dizendo: ‘Tomem e comam; isto é o meu corpo’. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o ofereceu aos discípulos, dizendo: ‘Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da nova aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados’” (Mateus 26.26-28 NVI).

É evidente a necessidade de recebermos dentro de nós a vida e a presença da Pessoa com quem compartilhamos essa Refeição Sagrada.

Jesus lhes disse: ‘Eu lhes digo a verdade: Se vocês não comerem a carne do Filho do homem e não beberem o seu sangue, não terão vida em si mesmos. Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Todo o que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele. Da mesma forma como o Pai que vive me enviou e eu vivo por causa do Pai, assim aquele que se alimenta de mim viverá por minha causa’” (João 6.53-57 NVI).

Assim como a comida e a bebida sustêm a vida de nossos corpos físicos, também a presença de Jesus no pão e no vinho da Ceia sustém a vida espiritual de seu corpo, a Igreja.

“Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo” (1 Coríntios 12.27 NVI).

10. O PÃO E O VINHO SÃO MAIS QUE MERAMENTE SÍMBOLOS

Jesus não utiliza a linguagem do simbolismo. O pão e o vinho desta Festa, ele diz, são mesmo o corpo dele e o sangue dele. Não se refere a símbolos. O significado disto parece claro: Jesus quer que seus discípulos saibam que ele está presente, não apenas simbolicamente, mas mesmo na realidade. Portanto, o pão e o vinho não estão na Mesa do Senhor simplesmente para representar o corpo e o sangue dele. Quando recebemos o pão e o vinho, fazemos deles parte de nossa vida física. Da mesma forma, no mesmo ato, recebemos espiritualmente a presença e a vida de nosso Senhor com quem compartilhamos a comunhão da Refeição Sagrada. Para não cair na superstição de transubstanciação, porém, seja esclarecido que a presença de Jesus é espiritual, não física.

O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida” (João 6.63 NVI).

11. A IGREJA PRIMITIVA NADA SABIA DE TRANSUBSTANCIAÇÃO

A Igreja Católica Romana hoje ensina transubstanciação, mas chegou a sua atual posição doutrinária aos poucos. Agostinho, no século IV, nada sabia dessa teoria. A palavra transubstanciação foi pela primeira vez usada por Hildeberto de Tours (c. 1134 d.C.) em um sermão. Este dogma da Ceia foi definitivamente decretado pelo papa Inocêncio III, no Concílio do Latrão (1215 d.C.). O dogma é que o pão e o vinho, ao serem abençoados pelo clérigo, tornam-se, mediante milagre divino, literalmente no corpo e no sangue do Senhor. Assim, a aparência dos elementos não se modifica, mas sim, a essência deles. A esta interpretação literal das palavras de Jesus contrapõem-se as seguintes objeções:

a. Dois Corpos

Se, quando Jesus disse: "Isto é o meu corpo", ele queria dizer que o pão se transformasse literalmente em seu corpo, então naquele momento ele estava com dois corpos, e um corpo estava a distribuir pedaços do outro corpo aos discípulos! A mesma incoerência pode ser notada quanto ao sangue dele no cálice.

b. Sofrimento Contínuo

Esta interpretação implica no sofrimento sem fim de Cristo, pois, se seu corpo é quebrado e seu sangue é derramado, no sentido literal, toda vez que um sacerdote realiza a missa, ele tem que sofrer continuamente. Pelo contrário, a Escritura diz: “Pelo cumprimento dessa vontade fomos santificados, por meio do sacrifício do corpo de Jesus Cristo, oferecido uma vez por todas” (Hebreus 10.10 NVI).

c. Corpo Estragado

Esta doutrina implica na possibilidade do corpo literal de Cristo ser consumido por roedores ou insetos, ficar mofado, ser espalhado inconvenientemente, ou outras desgraças.

(Fonte de ponto 12: Loraine Boettner, ROMAN CATHOLICISM, obra citada por Gareth Reese, NEW TESTAMENT HISTORY, 766-767.)

12. QUEM É DIGNO?

“Portanto, todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente será culpado de pecar contra o corpo e o sangue do Senhor. Examine-se cada um a si mesmo, e então coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação. Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram” (1 Coríntios 11.27-30 NVI).

Tomar a Ceia do Senhor indignamente não tem nada a ver com o nível da minha própria moralidade. A minha "dignidade" não é a questão. Os verbos "coma" e "beba" (1 Coríntios 11.28) estão no modo imperativo! Constitui-se uma obrigação bíblica para todos os cristãos. “Examine-se cada um a si mesmo” (1 Coríntios 11.28) significa que um cristão não tem base, porém, para uma atitude individualista quanto a Ceia do Senhor. Examinar a mim mesmo significa tanto examinar o meu relacionamento com meus irmãos em Cristo quanto examinar a minha própria consciência moral perante o Senhor. "Dignamente" refere-se à maneira de tomar a Ceia e não à pessoa de quem toma.

13. "DISCERNINDO O CORPO DO SENHOR"

É somente através da presença do Cristo vivo que a Igreja constitui-se o corpo dele. Somos a Igreja, isto é, o corpo de Cristo, apenas porque possuímos e manifestamos a vida dele. E é no compartilhar do pão e do vinho com ele, e uns com os outros, que nos percebemos ser mesmo o seu Corpo. Portanto, comemos e bebemos "discernindo o corpo" (1 Coríntios 11.29), do qual a presença dele faz-nos membros, isto é, membros juntos com ele, e uns com os outros. Reconhecemos e expressamos assim, de maneira mais profunda e exata, a realidade de pertencermos a ele, e uns aos outros.

Comer e beber de outra maneira, ou seja, sem discernir que pertencemos a Cristo, e uns aos outros, é comer e beber indignamente; é comer e beber sem discernir o corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação” (1 Coríntios 11.29 NVI). Paulo diz que “Por isso há entre vocês muitos fracos e doentes, e vários já dormiram” (1 Coríntios 11.30 NVI) É a subnutrição espiritual! A Igreja, como o corpo de Cristo, não tem condições de ser forte e saudável, se os membros individualmente não estão conscientes de sua unidade coletiva: "Somos um no Espírito, somos um no Senhor".

14. A FREQÜÊNCIA DA CEIA DO SENHOR NA IGREJA PRIMITIVA

“Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração” (Atos 2.46 NVI).

“No primeiro dia da semana reunimo-nos para partir o pão, e Paulo falou ao povo. Pretendendo partir no dia seguinte, continuou falando até à meia-noite” (Atos 20.7 NVI).

"Durante os primeiros dois séculos, a prática de comunhão semanal foi universal, e a mesma continuou na Igreja Ortodoxa Grega até o século VII" (Robert Milligan, SCHEME OF REDEMPTION, 440).

Há forte evidência de que a Igreja primitiva reunia-se no primeiro dia da semana, especificamente para celebrar a Ceia do Senhor.

a. A Igreja em Troas (Trôade)

A passagem acima citada de Atos 20.7 afirma que o motivo principal da reunião foi o de "partir o pão".

b. A Igreja em Corinto

“Quando vocês se reúnem, não é para comer a ceia do Senhor, porque cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Assim, enquanto um fica com fome, outro se embriaga” (1 Coríntios 11.20-21 NVI).

Paulo aqui chama atenção não à prática de reunir-se para tomar a ceia, mas ao procedimento indigno dos coríntios ao fazê-lo.

No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não seja preciso fazer coletas quando eu chegar” (1 Coríntios 16.2 NVI).

Se recolher a oferta não se tornou demasiadamente comum por ser feito cada primeiro dia da semana, o que se pode dizer da Ceia do Senhor?

c. O Testemunho dos Pais da Igreja Primitiva

Conforme o DIDAQUÊ, XIV (c. 100 d.C.): "Reunidos no dia do Senhor, parti o pão e dai graças, depois de primeiro terdes confessado vossos pecados, a fim de que vosso sacrifício seja puro. Quem tiver divergência com seu companheiro não se deve juntar a vós antes de se reconciliar, para que não seja profanado vosso sacrifício, conforme disse o Senhor..." (Cirilo F. Gomes, ANTOLOGIA DOS SANTOS PADRES, 32).

DA I APOLOGIA, 106, de Justino Mártir (c. 150 d.C.) diz: "No dia que se chama do sol celebra-se uma reunião dos que moram nas cidades ou nos campos e ali se lêem, quanto o tempo permite, as Memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas. Assim que o leitor termina, o presidente faz uma exortação e um convite para imitarmos tais belos exemplos. Erguemo-nos todos, então, e elevamos em conjunto nossas preces, após as quais se oferecem pão, vinho e água, como já dissemos. O presidente, também, na medida de sua capacidade, faz elevar a Deus suas preces e ações de graças, respondendo todo o povo 'amém'. Segue-se a distribuição e participação, que se faz a cada um, dos alimentos consagrados pela ação de graças, e seu envio aos ausentes, por meio dos diáconos" (Cirilo F. Gomes, ANTOLOGIA DOS SANTOS PADRES, 66).

15. A FREQÜÊNCIA DA CEIA DO SENHOR: COMENTÁRIO

Quando nos reunimos como Igreja, nosso alvo é o de lembrar-se de Jesus Cristo e celebrar sua presença conosco. Devemos, então, lembrá-lo como ele pediu para ser lembrado e como ele prometeu fazer-se conhecido, ou seja, "no partir do pão". Argumentar que a freqüência profana a Ceia, tornando-a excessivamente comum, é improcedente. Ninguém usa tal argumento para reduzir a freqüência da leitura bíblica ou das orações; muito pelo contrário. Os primeiros cristãos em Jerusalém "perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações" (Atos 2.42). Um marido não reduz suas expressões de amor por sua mulher a uma ou duas vezes por ano, com medo de chateá-la!

Se nós verdadeiramente amamos e desejamos nosso Senhor Jesus Cristo, a lembrança dele repetida na Festa do Pão e do Vinho não vai fazê-la perder seu significado. E não é uma questão de constrangimento, ou seja, participar da Ceia porque sentimos a necessidade, ou deixar de participar porque não a sentimos. Não temos necessidade de olhar a foto de uma pessoa querida para poder lembrá-la; desejamos olhar a foto enquanto lembramo-nos da pessoa.

16. LEMBRANÇA! AÇÃO DE GRAÇAS! IDENTIFICAÇÃO! CONFISSÃO! COMPROMISSO! PROCLAMAÇÃO! COMUNHÃO! ESPERANÇA!

São juntos os motivos para sermos fiéis à celebração da Festa do Pão e do Vinho. O motivo não é o de imitar os apóstolos. Não o fazemos simplesmente porque eles o fizeram. Temos, sim, que celebrar a Ceia do Senhor pelo mesmo motivo que eles a celebraram. Celebrar esta Festa é estar envolvido com o Cristo vivo em todas as áreas do nosso ser. Fisicamente, comemos o pão e bebemos o cálice. Mentalmente, lembramo-nos da Pessoa e do Acontecimento de nossa salvação. Espiritualmente, comungamos com Jesus que está presente tanto como Anfitrião quanto como Alimento. Ele nos envolve em todas as áreas de nossas vidas, assim integrando tudo nele.

17. COMUNHÃO COM CRISTO

“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo (carne), vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim” (Gálatas 2.20 NVI).

“Da mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus (Romanos 6.11 NVI).

“Lembre-se de Jesus Cristo, ressuscitado dos mortos, descendente de Davi, conforme o meu evangelho, (2 Timóteo 2.8 NVI).

Como já se sabe, a Ceia do Senhor não é um memorial. Um memorial está estabelecido para alguém que viveu, morreu, e agora esta sendo lembrado. Não é o caso de Jesus! Ele vive! Ressuscitou! E mais: ele morreu nossa morte, tomou nossos pecados sobre si, e nós venceremos o pecado e a morte porque ele ressuscitou. A Ceia do Senhor é, portanto, uma Festa de Vitória!

Gostaria de agradecer ao professor Robert G. Martin do Johnso Bible College, Knoxville, Tennessee, USA, pela base do material apresentado neste esboço, o que foi generosamente cedido para ser usado em língua Portuguesa. Merece agradecimento também o professor Timothy P. Thomas, Montoursville, Pennsylvania, pela ajuda de inestimável valor na pesquisa das fontes.

Thomas W Fife

E-mail: tom_libbyfife@msn.com

REALIZAÇÃO:

River of Life Ministries

Ministério Rio de Vida

E-mail: RLM_Fifes@hotmail.com

Jefferson “JEFF” Davis Fife

Uma Vida Cristã Saudavel

Uma Vida Cristã Saudavel

Í N D I C E

LIÇÕES PÁGINAS

Batismo Nas Águas 03

O Nome Da Trindade 04

Batismo No Novo Testamento 05

Membros Da Igreja Local 06

Confirmação Dos Membros Na Igreja Local 08

Disciplina Na Igreja 09

Discipulado Na Igreja 11

Mordomia Cristã 12

Mordomia Das Finanças 13

Respostas 15

B I B L I O G R A F I A

Princípios da Vida da Igreja – Por Kevin J. Conner e K.R. “Dick” Iverson

Historia do Movimento da Restauração – Dr. Tommy Smith

Adaptação, Tradução e Complemento – Jefferson “JEFF” Davis Fife

Pastor – Igreja de Cristo em Campo Limpo Paulista e Jundiaí - SP

Missionário – Brazil River of Life Ministries/ Ministério Rio de Vida

Rua Maria José Rodrigues, 105 Jardim Santa Lúcia – CLP/SP

Fone: 0XX-11-4038-3422

E-Mail: RLM_Fifes@hotmail.com

BATISMO NAS ÁGUAS

O batismo nas águas é um passo muito importante nos primeiros princípios da doutrina de Cristo. Não é apenas uma forma ou uma cerimônia sem sentido, mas uma experiência definida na vida de um crente neotestamentário, como nos relatam, não só os Evangelhos, mas também os Atos dos Apóstolos e as Epístolas. Hebreus 6.1-2; Atos 2.38-41

1. QUAL É O SENTIDO DA PALAVRA “BATIZAR”?

Batismo ou batizar quer dizer “mergulhar, submergir, emergir”. Marcos 1.5; João 1.33; Atos 8.36-39. Por definição e uso, a palavra quer dizer “colocar em água ou debaixo dela de modo a inteiramente imergir ou submergir”.

2. PARA QUE TER A ORDENAÇÃO DE BATISMO NAS ÁGUAS?

  1. Jesus o ordenou. Marcos 16.16; Mateus 28.16-20
  2. Jesus foi batizado. Mateus 3.13-17
  3. Os apóstolos o ordenaram. Atos 2.37-47; Atos 10.44-48
  4. Se O amarmos, guardaremos Seus mandamentos. João 14.15
  5. Validamos a nossa fé pela obediência. Tiago 2.17-18

NOTA: Duas cerimônias que são essenciais: Batismo nas Águas e a Santa Ceia. Em virtude de seu caráter sagrado são elas descritas como “sacramento” coisa sagrada. Recebem também o nome de ordenanças. Porque foram cerimônias ordenadas pelo Senhor Jesus Cristo.

3. PARA QUEM É ESTA ORDENAÇÃO?

Em cada Escritura registrada abaixo veremos que as pessoas ouviram, creram, receberam a Palavra, e então foram batizadas. O arrependimento e a fé sempre precediam o batismo nas águas. Portanto é um “batismo de crentes”.

  1. “Quem crer e for batizado…” Marcos 16.16
  2. Os samaritanos creram e foram batizados. Atos 8.12-15
  3. O eunuco creu e foi batizado. Atos 8.35-38
  4. Pedro ordenou que os gentios fossem batizados. Atos 10.47-48
  5. Os discípulos de Éfeso creram e foram batizados. Atos 19.4-5

Leia também Atos 9.17-18; 16.30-34; 18.8

O batismo nas águas é uma parte essencial da obediência; não é opcional. Recusar o batismo nas águas é viver em desobediência à Palavra revelada de Deus.

NOTA: O batismo nas águas envolve uma confissão de fé no senhorio de Cristo. Atos 8.36-39; Romanos 10.9-10. Os pré-requisitos do batismo são: arrependimento, fé e confissão (isto claramente exclui o batismo infantil).

4. QUAL É O SENTIDO DESTA ORDENAÇÃO?

O batismo nas águas é uma experiência espiritual simbólica, contudo também real. Somos batizados em:

  1. Sua morte – Romanos 6.3,4,5,11
  2. Seu sepultamento – Colossenses 2.12
  3. Sua ressurreição – Colossenses 3.1; Romanos 6.4,5

O batismo é identificação com Cristo. Na salvação aceitamos a morte, o sepultamento, e a ressurreição de Cristo.

No batismo das águas identificamo-nos com este fato triúno:

  1. Pelo batismo nós nos apresentamos como “mortos”
  2. Pela imersão sepultamos o “morto”.
  3. Saído das águas, ressuscitamos para andar em novidade de vida.

NOTA: O batismo nas águas é como se fosse a cédula de identificação, o RG (registro geral) espiritual do Cristão . Diz quem somos em Cristo Jesus.

PERGUNTAS:

1. O que a palavra “batizar” significa? ____________________________________________________________________.

2. Batismo é sua identificação com Cristo em Sua ___________ em Seu ___________ e na Sua ___________.

BATISMO NAS ÁGUAS

O NOME DA TRINDADE

1. EM QUE NOME É BATIZADO O CRISTÃO?

No nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, no nome da eterna Trindade. Mateus 28.19

  1. QUAL É O NOME DO PAI?

I. “Este (Eu Sou, ou o Senhor) é o meu nome eternamente, e assim serei lembrado de geração a geração”. Êxodo 3.15

II. “O Senhor é seu nome”. Êxodo 15.3

III. “Eu sou o Senhor, este é o meu nome”. Isaías 42.8

IV. “O Senhor é o seu nome”. Jeremias 33.2

V. “Saberão que o meu nome é o Senhor”. Jeremias 16.21; Amós 5.8; Salmo 83.18; Isaías 12.2; Tiago 1.17

NOTA: O nome Senhor é usado mais de 6.800 vezes no Antigo Testamento. Deus não declarou uma vez sequer que Seu nome era “Pai”. Pai e Filho são títulos, não são nomes.

b. QUAL É O NOME DO FILHO? (Provérbios 30.4)

I. “…chamará pelo nome de Jesus”. Lucas 1.31

II. “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus”. Mateus 1.21

NOTA: O nome Jesus é usado aproximadamente 1.000 vezes no Novo Testamento.

c. QUAL É O NOME DO ESPÍRITO SANTO?

O nome do Espírito Santo é interpretado no sentido do nome “Cristo”.

I. Deus ungiu Jesus de Nazaré com o Espírito Santo. Atos 10.38

II. Jesus tornou-Se o Cristo por ocasião desta unção. Mateus 3.16

III. Por trinta anos Ele era conhecido como Jesus de Nazaré. Quando foi ungido, ficou conhecido como Jesus Cristo (Grego “Christos”, o Ungido). João 1.41

IV. Foi a unção (Grego “chrisma”, óleo) que fez de Jesus o Cristo (o Ungido). 1 João 2.20,27

NOTA: Assim o nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo é interpretado no nome do Senhor Jesus Cristo – o nome triúno para o Deus triúno.

2. QUAL NOME É LIGADO AO BATISMO EM ATOS E NAS EPÍSTOLAS?

Um estudo das referências ao batismo nos Atos e nas Epístolas mostra que esta ordenação era ligada ao nome do Senhor Jesus Cristo.

  1. O LIVRO DE ATOS

I. Atos 2.36-41 (Pedro) Batizados em nome de Jesus Cristo (Almeida); Batizados em nome do Senhor Jesus (Tradução Lasma)

II. Atos 8.12-16; 35-38 (Felipe) Batizados no nome do Senhor Jesus (Almeida)

III. Atos 10.48 (Pedro) Batizados em nome do Senhor (Almeida, rev. e corr.); Batizados em nome de Jesus Cristo (Almeida, atualiz.) (Almeida, vers. Bras.)

IV. Atos 9.5-18; 22.16 (Ananias) Batizado, invocando o nome do Senhor (Rev. e corr.); Batizado, invocando o nome dele (Atualiz. Vers. bras.)

V. Atos 16.31-34 (Paulo) “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo…e foi batizado…na sua crença em Deus” (ver. e corr.)

VI. Atos 18.8 (Paulo) 1 Coríntios 1.10-17 “Creu no Senhor e foram batizados” (Atualiz.); “Fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?” (Atualiz.)

VII. Atos 19.1-6 (Paulo) Batizados em nome do Senhor Jesus (Atualiz.)

  1. EPÍSTOLAS

I. Romanos 6.3-4 (Paulo) “Todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte…sepultados com ele na morte pelo batismo” (Atualiz.)

II. 1 Coríntios 1.10-17 (Paulo) “Fostes porventura, batizados em nome de Paulo? Que ninguém diga que fostes batizados em meu nome” (Atualiz.); Todos foram batizados em Moisés (Ver. e corr.)

III. Gálatas 3.27 (Paulo) “Todos quanto fostes batizados em Cristo” (Atualiz.)

IV. Colossenses 2.12 (Paulo) “Sepultados juntamente com ele no batismo” (Atualiz)

“E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus…” Colossenses 3.17

3. O QUE É A CIRCUNCISÃO DO NOVO TESTAMENTO?

  1. É o batismo nas águas. Colossenses 2.11
  2. É o cumprimento da circuncisão do Velho Testamento. Gêneses 17.1-14
  3. É o selo da aliança do Novo Testamento. Gálatas 3.26-27
  4. É um sinal e selo de uma relação baseada num pacto, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Josué 5.1-9

4. COMO DEVE VIVER O CRISTÃO DEPOIS DO BATISMO?

  1. Dedicação ao ensino da Palavra, comunhão, Santa Ceia, orações e louvando a Deus. Atos 2.42-47
  2. Em unidade. 1 Coríntios 12.12-31
  3. Viver no Espírito. Gálatas 5.16-26

PERGUNTAS:

1. O mandamento em Mt 28.19 é de batizar em nome do __________________________________________.

2. O mandamento no livro dos Atos e nas epístolas é cumprido pelo batismo em nome do _________________

_________________________________________________________________________________________.

BATISMO NO NOVO TESTAMENTO

O batismo Cristão é a imersão no nome de Jesus Cristo (MODO) do crente arrependido (SUJEITO) para a remissão dos pecados e receber o dom do Espírito Santo (PROPÓSITO).

1. MODO: Imersão no nome de Jesus Cristo

  1. Argumentos para imersão sobre outras formas:

(1) o argumento da língua: Grego: baptizo (mergulhar, afundar ou manter abaixo)

(2) o argumento histórico: testemunhos de estudiosos de toda a era da igreja do Novo Testamento concordam que o batismo era por imersão.

(3) o argumento do precedente:

--Atos 8.38-39 (“desceram à água…saíram da água”)

--Marcos 1.10; Mateus 3.16 (“saiu da água”)

(4) o argumento da analogia:

--Romanos 6.3-5 (“morte, sepultados, ressuscitado”, “morte, ressurreição”)

--Colossenses 2.12 (“sepultados, ressuscitado”)

--Gálatas 3.27 (“em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram”)

  1. Fórmula:

(1) “No nome do Senhor Jesus Cristo” (Atos 2.38; 8.16; 10.48; 19.5; 22.16; 1 Coríntios 1.13)

(2) “No nome do Pai, Filho e Espírito Santo” (Mateus 28.19)

2. SUJEITO: O Crente arrependido (infantil excluído)

a. O padrão das conversões em Atos: fé, arrependimento, batismo

(1) Os 3000 (Atos 2.37-38,41): “aflitos em seus corações”, “arrependerão”, “aceitaram a mensagem”

(2) Samaritanos (Atos 8.12-14): “creram”, “creram”, “aceitaram a Palavra”

(3) Etíope (Atos 8.35-38): “anunciou-lhe as boas novas”, “o que me impede?”

(4) Saulo (Atos 9.9,11,18; 22.16): “orando e jejuando”; “invocando o nome dele”

(5) Cornélio (Atos 10.43): “crê”, “recebe”

(6) Lídia (Atos 16.14-15): “abriu seu coração”

(7) Carcereiro em Filipos (Atos 16.30-34): “crer”, “pregaram a palavra de Deus”, “lavou as feridas deles”

(8) Crispo (Atos 18.8): “creu”, “criam”

b. Note que fé e arrependimento não são mencionados em todos os casos (apesar de que certamente esta implícito); de qualquer modo, o fato de que eles foram batizados é claramente mencionado todas as vezes.

3. PROPÓSITO: Para a remissão (perdão) dos pecados e receber o dom do Espírito Santo (unido com Cristo)

a. O propósito do batismo de João Batista: arrependimento, perdão de pecados e testemunhar de Jesus

(1) Mateus 3.1-2,6,8; Marcos 1.4-5; Lucas 3.3,8; João 1.31-34

(2) Veja também Atos 18.25-26; 19.1-7 (o batismo Cristão é definitivamente diferente do batismo de João Batista; note que quando o batismo era praticado erroneamente, era rapidamente corrigido)

  1. O propósito do batismo na vida e ministério de Jesus:

(1) Mateus 3.15-17 (cumprir toda justiça, o espírito de Deus descendo, agrada o Pai)

(2) Mateus 3.11; Lucas 3.16 (batizará com o Espírito e com fogo)

(3) Mateus 28.19 (a marca do discipulado, iniciação)

(4) Marcos 16.16 (salvo, senão será condenado)

(5) João 3.5 (entrar no Reino de Deus)

  1. O propósito do batismo para os discípulos de Jesus: João 3.22,26,36

(1) purificação

(2) penhor de obediência

  1. O propósito do batismo no Novo Testamento

(1) Atos:

--2.38 remissão dos pecados; receber o dom do Espírito Santo

--8.15-17 conectado com o Espírito Santo

--9.17-18 cheio do Espírito Santo

--10.47-48 conectado com o Espírito Santo

--19.2-5 conectado com o Espírito Santo

--22.16 lavar os pecados

(2) Paulo:

--Rm 6.3-11 unidos com Cristo; novidade de vida

--1 Co 6.1 lavados; santificados; justificados

--1 Co 12.13 “um único Espírito”, “beber de um único Espírito”

--Gl 3.27 revestir de Cristo

--Cl 2.11-13 unidos com Cristo; despojar da carne, perdão das transgressões

--Tt 3.5 “lavar regenerador e renovador do Espírito Santo”

(3) Epístolas Gerais:

--Hb 10.22-23 corações aspergidos; lavados com água pura

--1 Pd 3.21 “salva vocês”, consciência limpa

QUESTÕES CONCLUSIVAS PARA SEREM CONSIDERADAS:

1. Pode alguém ser salvo sem fazer parte do Corpo Cristo? ________________________________________.

2. Como alguém passa a fazer parte do Corpo de Cristo? __________________________________________.

3. Pode alguém ser salvo sem ser perdoado? ___________________________________________________.

4. Quando é que alguém tem certeza que foi perdoado? ___________________________________________.

5. Você pode ser salvo sem o Espírito Santo? ___________________________________________________.

6. Quando é que alguém tem certeza que recebeu o Espírito Santo? _________________________________.

7. O batismo salva? ________________________________________________________________________.

8. O batismo é necessário (“essencial”) para a salvação? __________________________________________.

9. E aqueles que não têm sido batizados da forma bíblica, o que será deles? ___________________________ _________________________________________________________________________________________

MEMBROS DA IGREJA LOCAL

Para todo verdadeiro crente em Cristo chega a hora de considerar a questão do arrolamento à igreja. Muitas vezes dá-se pouco valor ao arrolamento à igreja, por várias razões. Vamos considerar o que as Escrituras têm a dizer sobre esta área.

1. HOUVE ALGUM RELACIONAMENTO DE MEMBROS NA IGREJA PRIMITIVA?

Os Evangelhos e o Livro de Atos dão a entender que houve evidência de arrolamento. Os discípulos de Jesus e os crentes primitivos na realidade foram contados e registrados.

a. Jesus escolheu 12 apóstolos, contados e chamados por nome. Lucas 9.1-2

b. Mais tarde, Jesus escolheu para Si mais 70. Lucas 10.20

c. Mais de 500 irmãos viram a Jesus na Sua Ascensão.

d. Antes de Pentecostes, 120 discípulos reuniram-se no cenáculo. Atos 1.15 (o número dos nomes era cerca de 120)

e. Por ocasião do Pentecostes e depois, multidões foram levadas a Cristo e à Igreja que Ele dissera que edificaria.

f. Foram acrescentadas a eles (os 120) cerca de 3.000 almas. Atos 2.41-47

g. Cerca de 5.000 creram também em Atos 4.4.

h. O número dos discípulos multiplicava-se grandemente em Jerusalém. Atos 6.7

i. No mínimo 10.000 crentes foram enumerados nestas Escrituras.

2. COMO SE TORNAR MEMBRO DA IGREJA DE CRISTO?

Há dois aspectos na inclusão à Igreja no livro de Atos.

a. Aspecto Espiritual.

Ninguém pode ingressar na Igreja de Cristo como se ingressa num clube, etc. Atos 5.13. Na Igreja Primitiva os membros eram acrescentados (grego prostithemi: pôr junto, adicionar ou colocar ao lado de) ao Senhor. Atos 5.14; 11.24

Precisamos unir-nos no Espírito, pelo Espírito, ao Senhor, para sermos acrescentados à Igreja, universal e espiritual. Isto é de suma importância.

b. Aspecto prático.

Deve também haver uma expressão visível e prática de nossa posição na Igreja. Vemos que isto significa pertencer à “Igreja local”. Atos 2.41-47

(1) Acrescentados ao Senhor – Atos 5.14; 11.24

(2) Acrescentados a eles – Atos 2.41

(3) Acrescentados à igreja – Atos 2.47

Podemos ser membros de qualquer igreja local ou denominação, mas precisamos ser acrescentados ao Senhor, senão a nossa relação não é reconhecida por Cristo. No entanto, uma expressão prática de nossa posição é evidenciada em sermos acrescentados a uma igreja neotestamentária local.

Atos 2.37-38 estabelece o padrão e as evidências do arrolamento na Igreja do Novo Testamento. Isto nunca mudou na mente de Deus. Essas evidências eram tangíveis e visíveis.

3. É BÍBLICO TERMOS ALGUM TIPO DE ROL DE MEMBROS?

Sim. O Antigo e o Novo Testamentos mencionam livros em que nomes de pessoas do povo de Deus eram registrados. É impossível cuidar devidamente do rebanho de Deus se ninguém souber onde estão as ovelhas, ou se na verdade elas não pertencerem a alguma igreja local.

a. O Antigo Testamento:

(1) Os israelitas tiveram seus nomes nos livros de genealogia da nação. Eram contados diante do Senhor. Números 1-2

(2) Os levitas também foram contados diante do Senhor antes de poderem ministrar em seus ofícios sacerdotais. Nm 3

(3) Todos os que foram contados em Israel tiveram de ser resgatados com prata. Êxodo 30.11-16

(4) O remanescente da Babilônia tinha que estar registrado no livro para poder ministrar no sacerdócio. Ed 2.62-63; Ne 7

b. O Novo Testamento:

(1) A Igreja dos Primogênitos tem os seus nomes escritos no céu. Hebreus 12.22-24

(2) Os redimidos de todos os tempos também têm seus nomes escritos no Livro da Vida. Fp 4,3; Ap 13.8; 17.8; 20.12-15;21.27

Deus mantém registros! Deus guarda os nomes e os números dos santos no seu rol! Se o próprio Deus faz isto, não deve haver problemas se o homem finito fizer o mesmo! Deus sabe quem está no Seu livro e quem não está.

NOTA: A lei requer registro legal com respeito à relação entre os membros e os fundos da igreja, propriedades, impostos, etc. Este registro não pode ser feito por um método invisível e místico.

4. POR QUE HÁ MUITOS QUE REJEITAM UMA FILIAÇÃO PRÁTICA À IGREJA?

Várias razões poderiam ser mencionadas:

a. Medo de ser magoado

b. Legalismo

c. Crer que não é Bíblico

d. Não ser submisso em espírito

e. Desejar ser governado e dirigido por si mesmo, sem lei

f. Não querer sustentar a igreja financeiramente com dízimos e ofertas

g. Preferir não estar sob correção, disciplina ou proteção

h. Não querer submeter-se a algo local e visível

5. QUAIS SÃO ALGUMAS DAS VANTAGENS DE UMA FILIAÇÃO PRÁTICA À IGREJA?

a. Segurança – A família de Deus – proteção contra os “lobos”

b. Comunhão; sentir que faz parte; companhia

c. Alimento espiritual da Palavra

d. Disciplinas, correção se for necessário

e. Ministração de vida, de cura e de saúde para os membros do Corpo

f. A mesa da comunhão; vida; Santa Ceia

g. Amor, cuidado e interesse de maneira prática do presbiterado (pastores e presbíteros)

Não podemos esperar receber todas as bênçãos e todos os benefícios da Igreja do Senhor, enquanto não estivermos dispostos a submetermo-nos às responsabilidades de um membro! A filiação pode ser mudada para outras igrejas locais em caso de mudança.

PERGUNTAS:

1. Quanto à filiação prática à igreja, precisa haver uma expressão _______________ e __________________.

2. Algumas das vantagens da filiação prática incluem:

a. _____________________________________________________________.

b. _____________________________________________________________.

c. _____________________________________________________________.

d. _____________________________________________________________.

e. _____________________________________________________________.

f. _____________________________________________________________.

g. _____________________________________________________________.

CONFIRMAÇÃO DOS MEMBROS NA IGREJA LOCAL

A maioria das igrejas históricas tem alguma forma de confirmação, pela qual uma pessoa é admitida plenamente aos privilégios e responsabilidades de filiação à igreja. Isto varia de grupo para grupo. Devemos reconhecer que certas cerimônias para confirmação não se acham na Bíblia. No entanto, as Escrituras mostram que há uma verdade na confirmação.

1. QUE SIGNIFICA A PALAVRA “CONFIRMAR”?

Webster define a palavra assim: “Firmar, fazer mais firme, fortalecer, estabelecer, encorajar”. Também “certificar, dar nova afirmação da verdade, verificar, ratificar, confirmar um acordo, uma promessa, uma aliança, ou um titulo” (ex. O Senado confirma ou rejeita as indicações a cargos administrativos feitos pelo Presidente).

O Dicionário New Century acrescenta: “Tornar válido ou obrigatório por algum ato formal ou legal”.

A definição Bíblica dá à palavra uma grande variedade de sentidos, como segue: “Preencher, efetuar, ou fortalecer, estabelecer, fixar, preparar, prevalecer, encorajar, ratifica, fazer autoritário, intervir (como árbitro), ratificar (como garantia), fazer seguro, inabalável, estável”.

2. QUE EXEMPLOS TEMOS NAS ESCRITURAS DE COISAS CONFIRMADAS?

a. Alianças eram confirmadas. Daniel 9.27; Gálatas 3.15-17

b. Promessas eram confirmadas. Romanos 15.8

c. Cartas eram confirmadas. Éster 9.29-32

d. Palavras eram confirmadas. 1 Reis 1.14; Ezequiel 13.; Daniel 9.12

e. Heranças eram confirmadas. Salmo 68.9

f. O Evangelho de Jesus Cristo era confirmado, com sinais que seguiam. Hebreus 2.3; Isaías 44.26; Fl 1.7; Marcos 16.20

3. TEMOS EXEMPLOS DE PESSOAS SENDO CONFIRMADAS?

Sim. As Escrituras mostram que o povo de Deus era confirmado, fortalecido, encorajado, e assegurado da verdade do Evangelho na Nova Aliança.

a. Os reis eram confirmados no ofício de Rei. 1 Crônicas 14.2

b. Paulo e Barnabé confirmaram as almas dos discípulos nas igrejas que estabeleceram. Atos 14.21-23

c. Judas e Silas, como profetas de Deus, exortaram e confirmaram o povo de Deus. Atos 15.32

d. A igreja de Corinto foi exortada a confirmar seu amor para com o excomungado arrependido. 2 Coríntios 2.8

e. O crente deve ser confirmado até o fim. 1 Coríntios 1.6-8

f. Crentes fracos devem ser confirmados (fortalecidos). Isaías 35.3 com Hebreus 12.12-13

g. Os discípulos em Gálatas e Frigia foram fortalecidos (confirmados) pelo ministério de Paulo. Atos 18.23

4. COMO PODEMOS CONFIRMAR A FILIAÇÃO À IGREJA LOCAL?

a. Pela imposição de mãos dos presbíteros e oração.

b. Estendendo a destra da comunhão. Gálatas 2.8-9

c. Por compromisso verbal, ou afirmação pública, pelo qual o crente é aliado e se prontifica a receber os privilégios, assumir as responsabilidades, e aceitar a disciplina da igreja local, da qual ele é membro.

“O juramento, servindo de garantia…” Hebreus 6.16-17

“Quando fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo…” Eclesiastes 5.4-5

Comprometer-se é “garantir; confiar; pôr em custódia ou encargo”.

Isto confirma a toda a congregação que esta pessoa é membro reconhecido e responsável da igreja, e deve ser recebida como tal. Confirma que a liderança e os membros têm compromisso uns com os outros.

NOTA: A confirmação pode ser experimentada várias vezes na vida do crente.

(1) Confirmação após a profissão de fé, no batismo nas águas. 1 Coríntios 1.6-10

(2) Confirmação no ato de arrolamento.

(3) Confirmação por imposição de mãos do presbitério. 1 Timóteo 1.18; 4.14; 5.22; 2 Timóteo 1.6

(4) Confirmação na hora da ordenação. Atos 6.6; 13.1-4

(5) Em outras ocasiões, pela direção do Espírito Santo.

Confirmação, portanto, é um meio de graça pelo qual os membros da igreja local são fortalecidos, fundamentados, e estabelecidos na fé de Jesus Cristo e encomendados à vontade de Deus. (Ler também 2 Coríntios 1.21; Colossenses 2.7; Neemias 13.9)

Nas Igrejas de Cristo/Cristãs, o único teste de fé que é requerido para o batismo e o recebimento de novos membros é a pessoa professar que “crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus”.

“O Deus de toda a graça…vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar”. 1 Pedro 5.10

PERGUNTAS:

1. Arrolamento à Igreja Local pode ser confirmado por:

  1. __________________________________________________________________________________
  2. __________________________________________________________________________________
  3. __________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

2. Confirmação é um meio de graça, pelo qual os membros da Igreja Local são _________________________ e __________________________ na fé de Jesus Cristo e __________________________ à vontade de Deus.

3. Qual é o teste de fé requerido de quem vai batizar-se ou tornar-se membro das Igrejas de Cristo/Cristãs?

_________________________________________________________________________________.

DISCIPLINA NA IGREJA

Nesta lição estudaremos a importância da disciplina. Sem disciplina, nenhuma família natural poderia levar seus filhos à maturidade. Este também é o caso da igreja, a família de Deus. A primeira vez que o Senhor Se refere à igreja local, Ele mostra a necessidade e o procedimento da disciplina. Mateus 18.15-20

1. QUE SIGNIFICA A PALAVRA “DISCIPLINA”?

A palavra disciplina significa:

  1. Ensinamento, aprendizagem, educação;
  2. Treinamento que corrige, molda, ou aperfeiçoa as faculdades mentais ou morais;
  3. Castigo para infligir dor ou penalidade;
  4. Um preceito ou sistema de preceitos que governam a conduta ou atividade.

2. POR QUE É NECESSÁRIO?

  1. Basicamente, a disciplina é destinada a possibilitar a ordem e a felicidade. Sem ela haveria anarquia.
  2. A disciplina introduz o princípio de submissão – a minha vontade submetendo-se à vontade d’Ele.
  3. Egoísmo e vontade própria trazem destruição e miséria. Isaías 14.12-14

3. QUAIS SÃO OS DOIS ASPECTOS PRINCIPAIS DA DISCIPLINA?

  1. Disciplina para restauração. Gálatas 6.1; Apocalipse 3.19; Hebreus 12.5-11
  2. Disciplina para condenação. 1 Coríntios 11.29-32

4. QUAIS AS ÁREAS DE CONDUTA IMPRÓPRIA QUE REQUEREM DISCIPLINA NA BÍBLIA?

  1. Cobiçoso – imoderadamente desejoso, ganancioso.
  2. Idolatra – ter amor excessivo a certa pessoa ou coisa.
  3. Maldizente – linguagem abusiva, zombador.
  4. Beberrão – alguém que bebe habitualmente.
  5. Roubador (Furtador ou Ladrão) – obter algo de alguém por opressão ou abuso de autoridade.
  6. Devasso – relação sexual ilícita – 1 Coríntios 5.1-13
  7. Conduta desordenada – 2 Tessalonicenses 3.6-15
  8. Heresia – 2 Timóteo 2.17-18; Tito 3.9-11

5. QUAL É O PROCEDIMENTO BÍBLICO PARA A DISCIPLINA?

Mateus 18.15-20

  1. Procurar o irmão a sós – devemos manter uma atitude correta. Gálatas 6.1
  2. Levar consigo dois ou três outros

(1) Correção não é rejeição, mas uma forma vital de aceitação (2 Corintios 2.5-11).

(2) Rejeição do erro, mas aceitação do irmão; não podemos restaurar sem primeiro aceitar.

c. Diga-o à igreja (à liderança) – é responsabilidade da liderança anunciar qualquer forma de excomunhão.

6. QUAL É O SIGNIFICADO DA DISCIPLINA?

Sem dúvida, o Novo Testamento ensina disciplina. Sem ela, o discipulado torna-se impossível. Seu alcance vai desde a autodisciplina à disciplina eclesiástica; da exortação à excomunhão. O que podemos deduzir do fato de que as Escrituras ensinam a responsabilidade da igreja em disciplinar seu povo?

  1. Significa que sou guardador de meu irmão. “Se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o, com espírito de brandura…Levai as cargas uns dos outros…” Gálatas 6.1-2
  2. Demonstra que “nenhum de nós vive para si mesmo”. Romanos 14.7. Às vezes alguém te mandará cuidar da tua vida e não te meter na dele, mas o fato é que teu irmão é tua conta.
  3. Diz claramente que Deus é santo e o pecado não é insignificante. A Igreja Primitiva tinha pureza e poder, mas a Igreja de nossos dias tem quantidade e influência.
  4. Ensina que o pecador é contagioso. Disciplina não é para dividir entre bons e maus, mas é para isolar pecado contagioso e impedir que outros o “peguem”, pois somos suficientemente semelhantes para todos sermos suscetíveis. É antes restaurador do que punitivo.
  5. Manifesta o fato de que a vida Cristã é uma vida incorporada. “Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo”. 1 Coríntios 12.13; “De maneira que, se um membros sofre, todos sofrem com ele”. 1 Coríntios 12.26. Individualismo é o pecado de divisão.
  6. Mostra a qualidade de arrolamento espiritual que havia no Novo Testamento. As pessoas tornam-se parte de uma igreja neotestamentária, ou jamais poderiam ter sido excluídas (Mateus 18.17). Pessoas que meramente são “membros livres” de uma Igreja Universal, mística e invisível, nunca poderão preencher os padrões achados nas Escrituras. Isto não se refere a “ter uma carteirinha”, mas a serem “membros” como a mão é membro do corpo.
  7. Prova a soberania da igreja local. O povo discipulado em Mateus 18.17-18 tem na igreja local um tribunal supremo sobre a terra – não há uma superestrutura de eclesiasticismo, líderes distritais, superintendentes, bispos, ou papas, a quem possam apelar. A igreja local tem sua Cabeça no céu.

PERGUNTAS:

1. A disciplina é basicamente destinada a possibilitar ______________________________________________ e____________________________________; sem ela haveria _____________________________________.

2. Os três passos Bíblicos de disciplina envolvem:

1) ______________________________________________________________________

2) ______________________________________________________________________

3) ______________________________________________________________________

DISCIPULADO NA IGREJA

A Grande Comissão da Igreja é de ir e fazer “discípulos de todas as nações”. “Portanto ide, ensinai todas as nações”. Mateus 28.16-20. “E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade, e feito muitos discípulos…” Atos 14.21.

A palavra “ensinar” no grego (matheteou) quer dizer “ser ou fazer um discípulo”. A Grande Comissão é literalmente “discipular todas as nações”.

1. QUE É UM DISCÍPULO?

Para entender plenamente as implicações do programa discipulador de Cristo é necessário definir o sentido da palavra “discípulo”.

  1. O uso da palavra nas Escrituras:

(1) O Antigo Testamento – A palavra “discípulo” é usada uma só vez no Antigo Testamento, numa profecia a respeito de Cristo e a Igreja em Isaías 8.16

(2) O Novo Testamento – “Qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo” Lucas 14.27

A palavra “discípulo” é usada no Novo Testamento:

(a) Nos Evangelhos – aproximadamente 240 vezes;

(b) Nos Atos – 26 vezes;

(c) Nas Epístolas – nenhuma vez.

Pergunta: Por que a palavra “discípulo” é usada tantas vezes nos Evangelhos, poucas vezes nos Atos, e nenhuma vez nas Epístolas às Igrejas? Veremos a resposta mais adiante no estudo.

b. O sentido da palavra – estudo da palavra

(1) O sentido na Bíblia – Concordâncias de Young e Strong

“Alguém ensinando ou treinando”. (O mesmo em hebraico e grego)

“Um aprendiz, um estudante, um discípulo”.

“Matricular-se como estudante, ser discípulo, instruir, ensinar”.

(2) Dicionário – Webster & Collins

“Aluno ou seguidor de qualquer professor ou escola”. (Ver Efésios 5.1-2; 1 Coríntios 11.1)

“Alguém que recebe instrução de outro, alguém que aceita instrução ou doutrina de outro”.

“Estudante, aluno, seguidor, adepto”. (Ver Marcos 4.34; Lucas 10.23-24)

“Disciplina”

(a) Treinamento que desenvolve autocontrole, caráter.

(b) Submissão a controle.

(c) Conduta ordenada.

(d) Tratamento que corrige ou castiga.

“Disciplinador – Um que impõe disciplina. (Ver Jô 36.10)

Um DISCÍPULO, portanto, é um aluno, um seguidor, um estudante em submissão, em treinamento, disciplinado por Jesus Cristo. (Ver Lucas 6.40; Mateus 10.24-26)

2. QUAL É A RELAÇÃO ENTRE UM DISCÍPULO E A IGREJA LOCAL?

O Novo Testamento ensina que todo membro da igreja local é chamado para ser um discípulo.

“acrescentava à igreja” Atos 2.41-47

“igreja…discípulos” Atos 11.26

“discípulos…igreja…presbíteros” Atos 14.22-23

“discípulos…igreja” Atos 19.1; 20.17

“igreja…discípulos” Atos 20.28-32

EVANGELHOS ATOS EPÍSTOLAS

Igreja (2) Igreja (24) Igreja (88)

Discípulos (aproximadamente 240) Discípulos (26) Discípulos (0)

3. QUE SIGNIFICA SER UM VERDADEIRO DISCÍPULO?

As seguintes coisas estão envolvidas na aceitação da chamada inicial de Cristo ao discipulado:

  1. Calcular primeiro o custo – Lucas 14.25-33

O custo é TUDO. De outra forma não podemos ser seus discípulos.

  1. Se alguém quer vir após mim:

(1) Negue-se a si mesmo – negar a si mesmo é a primeira e indispensável condição do discipulado.

(2) Tome a sua cruz – pronto para morrer a qualquer hora. A cruz sempre aponta o fato de que uma pessoa será crucificada. Não é um ornamento.

(3) Segue-me – seguir a Cristo Jesus (Lucas 9.23). Três seguidores testados: Lucas 9.57-62; Mateus 16.24-25; João 8.31; Marcos 6.1.

Muitos crentes são salvos, mas não são discípulos. Salvação é a aceitação da obra de SUA cruz; o discipulado é tomar a NOSSA cruz.

Sua cruz – substituição – Cristo morreu por nós;

Nossa cruz – identificação – nós morremos com Ele.

PERGUNTAS:

1. Um discípulo é um _____________________________, um ______________________________________,

um ____________________________________, em _____________________________________________,

em ______________________________, ________________________________________ por Jesus Cristo.

2. O Novo Testamento ensina que todo membro da Igreja Local é chamado para ser ____________________.

MORDOMIA CRISTÃ

Mordomia é a prática de se dar, sistematicamente e proporcionalmente, tempo, habilidade, possessões e matérias, baseada na convicção de que estes nos são confiados por Deus para serem usados no Seu serviço, em beneficio do Seu Reino. É uma sociedade divino-humana com Deus como sócio Principal. É um modo de viver; o reconhecimento de Deus como possuidor de nossa pessoa, nossos poderes, e nossas possessões, e o uso fiel desses para a promoção do Reino de Cristo neste mundo.

1. QUAL É A DIFERENÇA ENTRE POSSE E MORDOMIA?

  1. Posse – Deus é o possuidor de todas as coisas. Gêneses 14.19,22; Salmo 24.1; 50.1-12; 68.19; 89.11; Ageu 2.8
  2. Mordomia – Não somos donos, somos apenas mordomos responsáveis que devem prestar contas. Mateus 25.14-30; Lucas 19.11-26

Caixa de texto: O HOMEMCaixa de texto: DEUS

O DOADOR O RECEBEDOR

POSSUIDOR MORDOMO

O DONO PRESTA CONTAS, PODE USAR, ABUSAR E PERDER

O GALARDOADOR O FIEL RECOMPENSADO

2. QUAIS SÃO AS DIFERENTES RELAÇÕES DONO-MORDOMO?

  1. Vida – O que recebemos. Gêneses 1.27,28; Atos 17.25; Tiago 1.17
  2. Tempo – O que nos foi outorgado. Provérbios 24.30-34; Salmo 90.12
  3. Talentos – O que nos foi dado para usar. Mateus 25.14-30
  4. Possessões – O que é confiado. Mateus 6.19-21; Colossenses 3.1-2
  5. Finanças – O que ganhamos com nosso trabalho. 1 Coríntios 16.1-2

3. QUAIS SÃO OS REQUISITOS DE UM BOM MORDOMO?

  1. Fidelidade. 1 Coríntios 4.1-2
  2. Disposto a receber ensino. Salmo 27.11
  3. Desejo de ministrar (servir) às pessoas. Romanos 12.10-13
  4. Um coração de servo. Gálatas 5.13
  5. Disposição para dar. Lucas 6.38

4. MORDOMOS DEVEM PRESTAR CONTAS?

Sim. Veja a parábola do mordomo infiel. Lucas 16.1-13

  1. Que significa ser mordomo?
  2. De que foi acusado o mordomo no versículo 1?
  3. Nós devemos prestar contas de nossa mordomia? Quando? v.2
  4. É possível perdemos a nossa mordomia? Agora ou na eternidade? v.3
  5. Que fez o mordomo infiel com três dos devedores do seu senhor? vs.5-6
  6. Por que o Senhor elogiou o mordomo infiel pela ação errada que praticou? v.8
  7. O que são (1) as riquezas da injustiça? vs.9,11,13; (2) a verdadeira riqueza?
  8. Qual é a palavra chave (usada 4 vezes) nos versículos 9-13? Somos isto?
  9. Como podemos fazer para nós “amigos com as riquezas da injustiça?” v.9

PERGUNTAS

1. Mordomia é a pratica de ___________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________________.

2. Os requisitos de um bom mordomo incluem:

(1)_________________________; (2) __________________________________; (3) ____________________

_______________________________________; (4) ______________________________________________

(5) __________________________________________________.

MORDOMIA DAS FINANÇAS

Estabelecido o principio fundamental que Deus é o DONO de todas as coisas, e que nós somos MORDOMOS que devem prestar contas de tudo que Ele nos tem dado, esta lição considera o que devemos fazer com o que Deus nos dá.

1. QUE DIZ O NOVO TESTAMENTO A RESPEITO DAS FINANÇAS?

  1. Os Evangelhos contêm mais advertência com relação ao dinheiro e ao seu uso do que contra qualquer outro assunto.
  2. Um em cada quatro versículos em Mateus, Marcos e Lucas tratam de dinheiro.
  3. Um em cada seis versículos do Novo Testamento todo trata de ou faz alguma referência ao dinheiro.
  4. Quase a metade das parábolas de Jesus tem alguma referência ao dinheiro, especialmente advertências contra a cobiça.
  5. O primeiro discípulo a cair foi Judas. Foi por amor ao dinheiro: vendeu a Cristo por dinheiro, que ele nunca chegou a gastar. João 12.4-8; 13.27; Atos 1.25; Mateus 26.14-16; 27.3-10
  6. O primeiro pecado na Igreja Primitiva refere-se a uma dádiva de dinheiro para o Senhor. Note como Satanás entrou na cena da glória da Igreja Primitiva através do dinheiro, quando o espírito de doação estava sobre o povo. Atos 5.1-10
  7. O pecado de Simão (“simonia”) refere-se ao dinheiro e a tentar comprar os dons de Deus com ele. Atos 8.14-24
  8. Vale a pena notar que duas das palavras do Novo Testamento cujo valor numérico em grego iguala-se a 666, o numero do sistema do mundo, são: riqueza e traição. Apocalipse 13.16-18. Então ligadas ao poder para comprar e vender.

2. QUE ADVERTÊNCIA NOS DÁ O NOVO TESTAMENTO A RESPEITO DE DINHEIRO?

1 Timóteo 6.6-10 – Em si o dinheiro não é mau; dinheiro não é nem moral, nem imoral. É o AMOR ao dinheiro que é a raiz de todos os males.

3. QUAL É O ENSINO DAS ESCRITURAS A RESPEITO DE DÍZIMOS E OFERTAS?

  1. Devemos trazer nossos dízimos e ofertas à casa do tesouro de Deus. Malaquias 3.7-12
  2. A casa do tesouro é o lugar onde o povo de Deus é alimentado.

4. O DÍZIMO É PARA NOSSOS DIAS?

Sim – Tanto no Antigo como o Novo Testamento confirmam a verdade que crentes devem dar o dízimo (uma décima parte) de suas rendas.

  1. O dízimo antes da Lei.

(1) Abraão (sob aliança). Gêneses 14.18-20

(2) Jacó (sob aliança). Gêneses 28.22

  1. Dízimo sob a Lei.

Israel (Aliança Mosaica). Levítico 27.30-33; Números 18.20-32

  1. Dízimo sob a Graça.

Jesus confirmou o dízimo. O dízimo não era da Lei, mas antes da Lei. Mateus 23.23; Lucas 11.42; 18.12; Hebreus 7.1-21

  1. A pessoa que não paga dízimos e ofertas está roubando de Deus. O dizimo não é seu para dar; já pertence a Deus. A pessoa que só paga os dízimos e não dá ofertas, não está dando nada a Deus. Deus está dizendo “provai-me nisto”. “Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis; em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, vós, a nação toda. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida”. Malaquias 3.8-10

5. QUAIS SÃO ALGUNS DOS PRINCÍPIOS EM DAR?

  1. Dar-nos primeiramente ao Senhor. 2 Coríntios 8.5
  2. Dar de boa vontade. 2 Coríntios 8.3,12
  3. Dar com alegria (com hilaridade). 2 Coríntios 9.7
  4. Dar com generosidade, liberalmente. 2 Coríntios 8.2; 9.13
  5. Dar proporcionalmente. 2 Coríntios 9.6; 8.14-15
  6. Dar regularmente. 2 Coríntios 16.1-2
  7. Dar sistematicamente. 2 Coríntios 9.7
  8. Dar com amor. 2 Coríntios 8.24
  9. Dar com gratidão. 2 Coríntios 9.11-12
  10. Dar como ministração ao Senhor e aos Seus santos. 2 Coríntios 9.12-13

O que dá pela LEI, dá por obrigação.

O que dá por AMOR, dá por prazer.

PERGUNTAS:

1. O principio Bíblico do dízimo foi confirmado _________ da Lei, ____________ a Lei e ___________ a graça.

2. Alguns princípios Bíblicos em dar incluem:

(1) ____________________________________________________.

(2) ____________________________________________________.

(3) ____________________________________________________.

(4) ____________________________________________________.

(5) ____________________________________________________.

(6) ____________________________________________________.

(7) ____________________________________________________.

(8) ____________________________________________________.

(9) ____________________________________________________.

(10) ___________________________________________________.


RESPOSTAS:

BATISMO NAS ÁGUAS (Parte 1)

1. Mergulhar, submergir, emergir.

2. Morte, sepultamento, ressurreição.

BATISMO NAS ÁGUAS (Parte 2)

O NOME DA TRINDADE

1. Do Pai, do Filho, e do Espírito Santo.

2. Senhor Jesus Cristo.

BATISMO NO NOVO TESTAMENTO

1. Não.

2. Crer, arrepender e ser batizado.

3. Não.

4. No batismo. Deus pode perdoar a qualquer momento, mas tenho certeza do perdão de meus pecados do passado no ato do batismo.

5. Não.

6. No batismo.

7. Não.

8. Sim. Com fé e arrependimento.

9. Cabe a Deus julgar! Mas uma vez que a pessoa tem o conhecimento da verdadeira forma e sentido do batismo ela será julgada pelos seus conhecimentos, sendo assim é possível que esta pessoa não seja salva por desobediência.

MEMBROS DA IGREJA LOCAL

1. Visível e prática.

2. a. Segurança – A família de Deus – proteção contra os “lobos”

b. Comunhão; sentir que faz parte; companhia

c. Alimento espiritual da Palavra

d. Disciplinas, correção se for necessário

e. Ministração de vida, de cura e de saúde para os membros do Corpo

f. A mesa da comunhão; vida; Santa Ceia

g. Amor, cuidado e interesse de maneira prática do presbiterado (pastores e presbíteros)

CONFIRMAÇÃO DOS MEMBROS NA IGREJA LOCAL

1. a. Pela imposição de mãos dos presbíteros e oração.

b. Estendendo a destra da comunhão. Gálatas 2.8-9

c. Por compromisso verbal, ou afirmação pública, pelo qual o crente é aliado e se prontifica a receber os privilégios, assumir as responsabilidades, e aceitar a disciplina da igreja local, da qual ele é membro.

2. Fortalecidos, fundamentados, e estabelecidos – encomendados.

3. Crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus

DISCIPLINA NA IGREJA

1. Ordem e felicidade; anarquia.

2. (1) Procurar o irmão a sós.

(2) Levar consigo duas ou três testemunhas.

(3) Diga-o à igreja, à liderança em primeiro lugar e cabe à liderança disciplinar ou até mesmo excluir se necessário for.

DISCIPULADO NA IGREJA

1. Aluno, seguidor, estudante, submissão, treinamento, discipulado.

2. Discípulo.

MORDOMIA CRISTÃ

1. Se dar, sistematicamente e proporcionalmente, do tempo, habilidade, possessões e matérias, baseada na convicção de que estes nos são confiados por Deus para serem usados no Seu serviço em beneficio do Seu Reino.

2. (1) Fidelidade; (2) Disposto a receber ensino; (3) Desejo de ministrar (servir) às pessoas; (4) Um coração de servo; (5) Disposição para dar.

MORDOMIA DAS FINANÇAS

1. Antes, Sob e Sob.

2. (1) Dar-nos primeiramente ao Senhor. (2) Dar de boa vontade. (3) Dar com alegria (com hilaridade). (4) Dar com generosidade, liberalmente. (5) Dar proporcionalmente. (6) Dar regularmente. (7) Dar sistematicamente. (8) Dar com amor. (9) Dar com gratidão. (10) Dar como ministração ao Senhor e aos Seus santos.